sexta-feira, 19 de agosto de 2016

CONFIRA A MATÉRIA, E A ENTREVISTA COM A BANDA POTIGUAR‘’AÇÃO LIBERTARIA’’.


A banda de Hardcore/Punk/Thrash/Crossover ''Ação Libertaria'' nasceu em meados de 2009, na cidade de Natal-RN.

A banda é composta por um quarteto protestante, são eles: Edson Bigode – Guitarra, Junior Bassthrash – Baixo, Márcio Pigmeu – Voz, Toni Drummers – Bateria.
Como é comum no meio da cena Underground a banda utiliza-se de problemas sócias, e se identifica com movimentos minoritários, sendo assim dispersa em suas letras músicas que despertam a curiosidade, e principalmente a reflexão. Mirando sempre no protesto e em verdades as quais acreditam.


A voz é ríspida e bem aplicada, já sonoridade executado pela banda que distribui um som direto e bem aplicado com uma pegada única e original.

Neste ano a banda deve estar lançando um novo trabalho o CD (Cidadão de Bem), que retrata um pouco dessa atmosfera sombria atual, que vivenciamos lembrando fielmente o contexto político do Brasil de 1964.

''Ação Libertaria'' divulgou a capa do próximo álbum. A arte é de autoria do brother Guga Burkhardt de Pernambuco, que é responsável pelo consagrado Acclamatur Zine. A arte fala por si só, com suas linhas oldschool mostrando todo conceito do que será o próximo trampo. O nome do álbum será ''Cidadão de Bem'', uma clara crítica a esse estereótipo tão difundido pela ala conservadora e reacionária do nosso país.

Discografia:

Ação Libertária- Demo 2010.•.
Criptocracia - EP – 2010.
Cavalo de Tróia-Full-length-2013.•.
Ação do Kaoz-Split            -2014.

Formação atual:

Edson Bigode – Guitarra.
Junior Bassthrash – Baixo.
Márcio Pigmeu – Voz.
Toni Drummers – Bateria.

Gênero: Hardcore/Punk/Thrash/Crossover.

Cidade natal: Natal/RN.



Confira a entrevista realizado por J. Paulo Ferreira/ '' O Melhor do Rock ''.

Como surgiu a banda?

A banda surgiu quando Márcio Pigmeu (vocal) saiu de seu antigo projeto (Farpa XXI) no ano de 2009, daí ele começou a procurar uma galera nova para montar um projeto com mais seriedade, e no mesmo ano o Ação Libertária nasceu.

Há quanto tempo estão na estrada?

Estamos desde 2009. A sete anos estamos com o projeto ativo e sempre produzindo algo novo.

Todos os integrantes são os mesmos desde o início do grupo?

Sim. Temos uma ótima sintonia e isso favorece. Vez ou outra rola algumas discussões comuns como em qualquer banda ou família, porém sempre superamos essas coisas com diálogo.

De onde vieram?

Todos nós somos de Natal/RN.

Conta um vexame que passou em algum show.

Cara... passamos por algumas situações engraçadas e preocupantes, não diria vexame, mas momentos inusitados. Certa vez fomos tocar em um evento na praia de Búzios, aqui mesmo no nosso estado. O local era uma casa de praia, o palco era a própria varanda de frente pro mar e o equipamento de som estava sem aterramento. Desde o início da primeira música nós percebemos corrente elétrica dando pequenos choques na gente, mas continuamos tocando, daí no final de uma música um cara se aproximou do Pigmeu para entregar um flyer de outro evento futuro, e pediu para ele divulgar no microfone. Porém no momento em que o rapaz tocou no ombro do pigmeu, ele recebeu uma descarga de energia violenta que o fez jogar o microfone no chão. Ele até mordeu a própria língua e ficou com um dos dedos do pé roxo devido o choque. Foi muito assustador na hora porque veio á tona má lembrança da morte de um amigo nosso que era vocalista da banda Ravanes (também aqui de Natal), que foi a óbito poucos anos antes nas mesmas circunstâncias. Tentamos continuar mas não deu, paramos logo em seguida. Outra situação chata foi um choque térmico que o Pigmeu sofreu nas cordas vocais no primeiro berro da primeira música em um evento, ele perdeu a voz instantaneamente e não conseguiu mais nem falar, a nossa participação foi frustrada por causa disso nesse dia.

O que foi mais difícil que tiveram de enfrentar com a banda?

Acreditamos que a maior dificuldade que enfrentamos é a que toda banda underground enfrenta, que é a falta de apoio, falta de grana para produzir e a escassez de espaços apropriados para tocarmos.

Qual foi o show mais marcante?

Difícil responder essa pergunta, mas tiveram alguns eventos que foram muito foda e que podemos destacar, como o Animal Fest que é o melhor evento de metal underground do estado do RN, produzido pelo nosso amigo Sérgio da banda Deluge Master. Outro evento fudido foi quando abrimos para a banda Violator aqui em Natal, a galera tava insana. Também é sempre inesquecível os shows em PE, o público lá em muito instigado e conhece de có e salteado as nossas músicas, sempre interagem e cantam juntos como foi no Caethrash, que é produzido pelos amigos da banda Lei Do kaoz. E por fim eu citaria um evento tradicional aqui da periferia de Natal, que ocorre na zona oeste no bairro de Nazaré, é chamado Naza Rock, já produzi algumas edições com o Fofão e tem uma galera tocando o evento hoje em dia.

Qual a canção da banda que mais gostam?

Escolher qual é a melhor filha é sempre complicado, mas diria que  as músicas novas são sempre mais instigantes por não terem sido tocadas a exaustão.

Quantos shows fazem por mês?

Isto é bem relativo. Todos da banda trabalham ou estudam porque não vivemos de música, com isso só temos tempo para eventos nos finais de semana. Quando não estamos produzindo nada novo nós tocamos com mais frequência, mas quando estamos montando novas músicas e gravando, a gente dá uma parada nos shows para ter tempo de trabalhar melhor os plays novos.

Quem é a inspiração de vocês pra banda?

Nossa inspiração estética vem do som pesado, rápido e agressivo. Quanto ao conteúdo basta viver no Brasil, pois não falta ódio social para transformar em música.

Quais cantores ou bandas que mais gostam?

A gente escuta de rap, reggae a metal extremo. Porém as influências da banda vem sempre do hardcore e metal. As bandas variam muito, vão das bandas clássicas ás undergrounds. Citar uma, duas ou três seria muito difícil.

Como a família reagiu ao saber que escolheram estar no mundo da música?

Como não vivemos de música e encaramos tudo como hobby, paixão e posicionamento ideológico, não mudou nada. E não faria diferença a opinião de ninguém se é isso que queremos fazer.

As músicas são os integrantes que compõem?

As músicas são todas feitas por nós. A maioria dos riffs quem cria é o Edson, mas todos participam do processo dando ideias. O Júnior e o Toni as vezes trazem músicas prontas e só fazemos jogar nossas influências em cima. Somos uma banda bem entrosada quando estamos produzindo e tudo flui naturalmente. As letras da banda ficam por conta do Pigmeu.

Qual o estilo musical do grupo?

Não nos definimos por rótulos, mas é inegável que a mistura de Metal e Hardcore que fazemos gera um Crossover bem rápido e agressivo. Alguns nos definem como uma banda de hardcore e outros como uma banda de metal.

Qual o maior sucesso de vocês?

A gente não sabe o que é isso porque nunca fizemos sucesso. kkkk

Qual canção as pessoas pedem mais?

Acho que Tripalium 2.0 por causa do clipe que foi produzido e deu uma divulgada.

Quem é a pessoa mais quieta do grupo?

Não diria quieta, mas o mais calado é o Edson.

Já teve alguma loucura de fã pra contar?

Não temos esse tipo de relação com a galera que curte nosso som. A palavra fã remete muito a algo de idolatria, e conosco rola mais um lance de amizade e troca mútua de respeito do que esse lance de fã. A única loucura massa que sempre vemos é um liquidificador humano nos circle pits. hehehe

Qual sonho vocês ainda pretendem realizar em relação á banda?

Não chega a ser sonho, mas temos muitos objetivos como tocar em diversos lugares do Brasil. Também seria massa fazer uma tur na América latina um dia se possível, e participar de gigs em outros continentes. É difícil devido a realidade da cena underground, mas não é impossível.

Quem dá mais trabalho na hora de se arrumar pra shows?

Essas coisas não existem na nossa realidade. Mas quem é mais vaidoso da banda eu acho que é o Júnior, porque sempre que vamos na casa dele esperar pra sair ele demora muito, parece filho de barbeiro. kkkkk

Qual o momento em que descobriram ter jeito pra música?

Ainda não descobrimos isso (rsrsrs), estamos aprendendo na prática a cada dia.

Uma mensagem para pessoas que acompanham o trabalho de vocês.

Questionem, pensem, reflitam e lutem.



FONTE: '' O Melhor do Rock ''/ J. Paulo Ferreira

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