terça-feira, 31 de julho de 2018

QUILOMBO: “O público pode esperar um trabalho honesto de ‘Itankale’” – [ENTREVISTA EXCLUSIVA]


A entrevista de hoje é com a “nova” banda paulista QUILOMBO, com integrantes experientes e com uma ideologia fortíssima, o grupo está prestes a lançar seu EP “Itankale” e agora saberemos, pelo baterista Panda Reis, um pouco mais deste novo trabalho, além de influências, posicionamento político e muito mais. Confira:

É um prazer enorme estar falando em primeira mão com vocês! Vamos lá, conte, de forma resumida, um pouco mais sobre a trajetória da banda? Qual foi o motivo forma-la e quem são os integrantes?
Panda Reis – O prazer é todo nosso, agradecemos a oportunidade de dialogar com vocês. A banda é nova, porém os integrantes são velhos na cena do Metal extremo e underground paulistano, a intenção em formar a banda foi justamente poder escrever músicas que falassem de assuntos esquecidos na nossa cena, estou falando dos excluídos e discriminados durante o processo histórico da humanidade, tendo em vista que o mundo tem dado uma guinada para a direita, achamos necessário tratarmos de assuntos históricos esquecidos e manipulados pela historiografia eurocentrista. Hoje na banda somos eu na bateria e vocal, Allan na guitarra e Bruno no baixo.

Acompanhando a página da banda vejo que a gravação e produção do EP “Itankale” está a todo vapor! Fale para nós, como andam esses processos – gravação e produção – e o que o público pode esperar deste material?
Panda Reis - Iniciamos as composições e já fomos moldando o formato desse lançamento, no momento acabamos de gravar a participação do grande percussionista Binho Gerônimo, que deu um toque todo especial e trouxe pitadas da música Africana, devemos começar as gravações dos vocais nas próximas semanas. Estamos fazendo tudo bem na moral, sem pressa e sem pressão pois ao mesmo tempo que estamos gravando (no estúdio O Beco) esse EP, já estamos compondo outro material. O público pode esperar um trabalho honesto, militante e que não tem pretensão alguma além de expor nossas ideias sobre a sociedade e história da humanidade.

Flertando com o Death/Thrash Metal, o Grindcore e Hardcore, o QUILOMBO se “autodenomina” Metal Punk. Você acha que essa diversificação de estilos é benéfica para quem ouve? Ou na visão de vocês o mais importante é com o que vocês sentem na hora de compor?
Panda Reis - Na verdade odeio definições, Metal Punk seria o termo que mais se aproxima da música que fazemos, mas sinceramente acho que é bem mais que isso é não nos limitaremos a rótulos, pois pode-se perceber diversas influências no som da banda, agora sobre nossa mistura de estilo ser benéfica para quem ouve, depende de quem ouve (risos).

Quais são as influências da banda de uma forma geral?
Panda Reis - Putz... aí fodeu!! As influências são diversas, não gosto muito de ficar citando bandas, pois isso é irrelevante, acho mais fácil citar que somos influenciados pelas músicas underground, seja ela qual for !! Pode ser de uma banda de Metal Americana, ou uma de Grindcore Inglesa, ou de uma banda Angolana, tudo no underground nos inspira, desde as tradicionais bandas do estilo, até bandas de fora do circuito conhecido. Porém, acredito que os problemas políticos e sociais do mundo são a nossa maior influência, você não precisa se influenciar por músicas para fazer música.

Li em uma entrevista que a banda possui um posicionamento político muito forte e consistente, e tendo vista que estamos perto das eleições e o representante (de certa forma) da esquerda encontra-se preso, enquanto o maior representante da direita é um aberto apoiador de torturadores, qual a opinião de vocês sobre o atual cenário político brasileiro?
Panda Reis - Vou tentar resumir o máximo que eu conseguir, pois o assunto daria uma tese de doutorado... em primeiro lugar não vejo o ex-presidente Lula como um representante da esquerda, não vejo os partidos da base política do Lula como reais representantes da esquerda brasileira , porém é inegável que a prisão dele foi política, não vou entrar no mérito da legalidade ou não é nem se apoio ou não, porém, o atual candidato de extrema direita que você citou , esse representa o que há de mais nefasto nos governantes, porém o que me assusta mais é justamente o apoio que ele vem tendo de vários setores da nossa sociedade, eu cresci nos anos 80 e nunca imaginava que chegaríamos a esse ponto, me deixou muito preocupado ao ver pessoas próximas, bandas e até amigos defendendo políticas como as  deles, fico realmente chateado em ver bandas que eu era fã, apoiarem um sujeito como ele! Na minha época de adolescente (anos 80 e 90) a divergência dentro do underground, do Punk, do Metal, era entre alguns que acreditavam na ditadura do proletariado e os que achavam que deveríamos ir direto para o socialismo, me lembro que a divergência era uma linha tênue, entre o anarquismo e o socialismo, hoje a molecada estão entre intervenção militar ou governo liberal com característica fascista.

Voltando ao “Itankale”, quantas músicas serão? E quando poderemos ter conhecimento da capa? Aliás quem está trabalhando neste projeto?
Panda Reis – Serão ao todo seis músicas, a capa já está pronta, eu rascunhei a ideia em um papel tosco, tirei foto e mandei para nossos parceiros da agência Elefante 011, que são profissionais para a porra, e elevaram minha ideia tosca a um patamar que beira a obra de arte, pena que será um EP, e não um vinil, pois a arte merecia sim um vinil. Terão conhecimento da capa quando o EP sair (risos), não curto muito essa parada de ficar divulgando prévia de som, prévia de capa, isso funciona para artistas consagrados, profissionais que vivem disso, que tem uma leva de gente que acompanha, não para uma banda que não gosta muita dos meios que a maioria trabalha sua música e divulgam seus trabalhos, as vezes acho todo esse “profissionalismo” uma tentativa de reproduzir a logística do mainstream.

A banda busca sair em turnê após este lançamento? Se sim, buscarão algo nacional, sul-americano ou europeu?
Panda Reis – Esse lance de tocar ao vivo também é algo que estou repensando, toquei pra caraio na minha vida já e as vezes esse mundo de estrada cansa, não pela música, mas pelas pessoas , tá cheio de moleque ‘fascistinha’, cheio de banda racista e não sei se terei estômago para coexistir com eles em backstage e casas de shows, não sei se vale a pena tocar com qualquer banda, vejam bem, não somos nada, não somos melhores que ninguém, apenas nossa posição política/social, são diferente da maioria que habita os shows hoje em dia, então a ideia é tocar com as bandas certas, e não sair tocando por ai , depois dos 45 anos você não aceita qualquer companhia (risos). Sul Americano sim, Europa não me interessa nos próximos anos, talvez com mais lançamentos ou algum material lançado lá, mas para esse EP nem tentaremos nada no Velho Continente.

Muito obrigado por esta breve entrevista e deixamos aqui nosso espaço para as considerações finais.
Panda Reis – Eu que agradeço imensamente e humildemente pela oportunidade dessa entrevista , peço desculpas pela demora em responder, peço desculpas se ofendi alguma pessoa e acredito que com o tempo todos conhecerão melhor a banda , não levantaremos bandeiras, até por que não acredito nelas (sem bandeiras e sem fronteiras ), não sou socialista, nem comunista... talvez anarquista, espero que entrem em contato com a gente, ai a gente desenrola melhor esses assuntos e nos conhecemos melhor, obrigado a cada um que leu até aqui essa entrevista e em breve a gente lança esse EP. Obrigado e não desistam nunca.

QUILOMBO é :
Allan Kallid – Guitarra
Bruno – Baixo
Panda Reis – Bateria e Vocal

CONTATOS :
pandadrums@hotmail.com
www.facebook.com/quilombometal
www.twitter.com/quilombogrind 
https://sanguefrioproducoes.com/bandas/QUILOMBO/57

quarta-feira, 25 de julho de 2018

TORTURIZER: "Acreditamos que até o fim do ano lançaremos um álbum inédito" - [ENTREVISTA]



A entrevista de hoje é com os maranhenses do TORTURIZER, neste bate papo conversaremos sobre os mais variados assuntos, como seu início, atuais trabalhos, cena nordestina, projetos futuros e muitos mais. Confira:

Como vocês se conheceram, e quando decidiram formar a banda?
Willian – Em 2011 eu já tinha tido algumas experiências com banda, e podemos dizer que por influência do Sepultura com os irmãos Cavalera acabei convencendo meu irmão a aprender um instrumento para formarmos uma banda, hoje ele assume a bateria, e nos juntamos a um amigo para segurar as pontas na guitarra, mas acabou ficando por pouco tempo, acabei assumindo as seis cordas, até conhecer o Luís na faculdade, tínhamos amigos em comum, e num certo momento nos conhecemos e acabei convidando para se juntar à banda, e eu passei a tocar baixo, um amigo, chamado Hugo também passou pelo grupo, mas acabou saindo e prosseguimos como um trio.

Como você crê que está sendo a recepção do público para o atual trabalho do Torturizer, “Slaughterhouse”?
Willian – As críticas estão sendo boas, pelo menos o que nos dizem a respeito são apenas coisas boas (risos).
Quais são as principais influências do grupo?
Willian – Cada um tem suas influências pessoais, e cada um acaba trazendo um pouco do que curte para dentro da banda, mas posso citar algumas bandas que os três gostam, e que eu acho que influenciaram diretamente no que nos tornamos, como Sepultura, Torture Squad, Kreator, Destruction, e o Slayer que creio que seja as principais influências para os três.

Existe a possibilidade de a banda realizar uma turnê nacional pelas principais cidades do País? E Europa?
Luís –
Com toda a certeza! O que mais queremos é levar o nosso som para todo o Brasil e também para fora dele!!! Mas também não depende só de nós! Existem vários fatores que contribuem para uma possível turnê, entre eles, produtores interessados. Por isso se tiver algum produtor interessado em levar a Torturizer para a sua cidade, entre em contato com a gente ou com a nossa assessoria, a Sangue Frio Produções. Queremos levar o nosso som para todo o país e para fora dele também! 


O que vocês indicariam para a galera que está começando a ouvir metal? E da cena nordestina? Quais bandas vocês podem citar para nossos leitores?
Willian –
Cara, tem muita banda boa, tantos as mais antigas quanto as mais novas, e hoje com a internet aí, ajuda muito a encontrar novos sons, mas vamos lá, se você tá iniciando a ouvir metal, ouça o Black Sabbath (risos), não tem como não citar, tem o Iron Maiden, aí vamos pesar, Slayer, Sepultura, Torture Squad, e aqui no nordeste tem várias bandas boas também, como a Serial Killer, Flagrvm, Unblooded, Mortos, Scud, Malefactor, entre outras que não me vêm à cabeça agora.


Qual a possibilidade de começarem a gravar um disco?
Luís – Na verdade já estamos fazendo isso! Tem um tempo que a banda já vem trabalhando em novas composições e gravando algumas faixas de pouco a pouco, acredito que até o fim do ano estaremos lançando um álbum inédito.

Como foi o processo da gravação do primeiro EP, “Faceless”, de 2016? E a recepção do público em relação a isso, tem sido como o esperado?
Luís –
O processo de gravação foi toda caseira, feita no meu home estúdio. Estávamos querendo lançar o nosso som para público conhecer e não tínhamos grana, a solução foi gravar por conta própria, me dediquei ao máximo trabalhando no áudio, nunca tinha mixado nada! Mas até que saiu bom (risos)! A recepção foi a melhor possível, resenhas superpositivas e o feedback do público melhor ainda! É um EP para se orgulhar em todos os sentidos.

Ouça na íntegra aqui:

Spotify: https://open.spotify.com/album/1AkXo0gstiTJWECccn4n5O
Deezer: http://www.deezer.com/album/42159261
iTunes: https://itunes.apple.com/br/album/faceless/id1243711962?l


Como rola o processo de composição da banda? Todos contribuem com letras e melodias?
Luís –
Bom, as vezes rola de alguém já trazer uma música completa e daí só lapidarmos mais ainda ou também se nos reunimos e de algum ensaio sair alguma ideia que acaba gerando uma composição nova. Enfim, não existe uma regra, apenas funciona assim! Todo mundo contribui com tudo, trabalhamos em equipe mesmo, como se deve ser. Já na parte das letras geralmente quem fica mais à frente é o Willian, pois como ele que canta ele acha mais confortável de escrever, mas nada impede de outra pessoa ajudar também.

Vocês apoiam a legalização do download? Se tratando de underground, isso ajuda ou atrapalha a banda?
Willian –
Aí temos uma faca de dois gumes... Os downloads ajudam bastante, facilitam a difusão dos trabalhos, mas por outro lado, implica na diminuição de compra de materiais físicos das bandas, o que muitas vezes pode trazer prejuízo. É algo a se definir, pensar no mercado, aceitar ou não fazer o que faz... Nós disponibilizamos nosso material tanto em físico quanto nas mais diversas plataformas de streaming, acho que nos dividimos um pouco entre as duas formas de levar nosso trabalho às pessoas.

Quais são os planos da banda para o futuro?
Luís –
Sem dúvidas lançar o nosso debut e com isso também fazer shows para a divulgação do mesmo. Fazer um videoclipe também se encontra em nossos planos. 

Obrigado pela entrevista, o espaço é seu para mandar um recado aos fãs.
Luís –
Eu que agradeço a oportunidade de estar falando um pouco do nosso trabalho e pela força na divulgação. E para a galera que curte o nosso som, continue batendo cabeça com ele e divulgando para os amigos! Abraço! 

TORTURIZER É:
Willian Vieira: Baixo e vocal
Luis Baldez: Guitarra e backing vocals
Wilton Vieira: Bateria

Contato para assessoria de imprensa: www.sanguefrioproducoes.com/contato
Sites relacionados:
https://www.facebook.com/Torturizer/
https://www.sanguefrioproducoes.com/bandas/Torturizer/39

quinta-feira, 5 de julho de 2018

Monstrath: Ouça agora o novo single “Incubus In Church”



Finalmente! Está disponível o novo single da banda paulista MONSTRATH, intitulada “Incubus In Church” a faixa integrará o vindouro álbum “The World Serves To Evil”, que será lançado neste segundo semestre de 2018 via Downfall Records, confira agora:


Ouça no Facebook: https://www.facebook.com/Monstrath/videos/2025218117499629/

Produzido em sua totalidade pelo competente produtor Tchelo Martins, o trabalho foi gravado na Loud Factory e também no Audiolab Vintage Studio, a masterização e mixagem contaram com Tchelo Martins, Tiago Assolini e Wagner Meirinho (Loud Factory).

Contato para shows: monstrath@gmail.com

Contato para assessoria de imprensa: www.sanguefrioproducoes.com/contato
Sites relacionados:
https://www.facebook.com/Monstrath/
https://www.monstrath.com/
https://www.sanguefrioproducoes.com/artistas/Monstrath/50
Fonte: Sangue Frio Produções

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