Death Metal e Black Metal são, no Brasil, os estilos que mais crescem hoje em dia. Muitas bandas de ótima qualidade nascem, outras retornam e isso enriquece muito a cena nacional. Uma destas que retornaram chama-se OBSCURITY VISION, que completa em 2017, nada mais nada menos que 20 anos de sua criação, e para isso estão lançando um material inédito ainda para este ano. Vamos saber um pouco mais sobre todos estes projetos agora, em uma super entrevista com Luiz Rodriguez – guitarrista e fundador do grupo, confira:
Primeiramente conte-nos, como a banda começou? Como está a atual formação? E como vocês veem a banda 20 anos depois de sua criação?
Luiz Rodriguez: A banda, em meados de 1997, começou com um grupo de amigos, adolescentes, que se juntavam para beber, ouvir som, ir para o bar, sinuca, Hollywood vermelho, festas, enfim... sempre juntos, e por esta paixão por metal, resolveram montar uma banda, mesmo sem saber tocar instrumentos. Na época, eu (Luiz Rodriguez), tinha recém comprado um baixo, e estava aprendendo a tocar. O Rafael (vocal) chegou a tocar bateria um tempo na banda. Fomos aprendendo a tocar, apenas fazendo barulho para se divertir. A formação variava bastante na época. Por volta de 1999 a formação ficou fixa, estável, e o pessoal começou a levar mais a sério a banda, compondo músicas próprias, estabelecendo o nome “Obscurity Vision”. De lá para cá, muita coisa aconteceu, inclusive um bom tempo fora de atividade. Mas retornamos em 2016, juntamos todo o material feito nesse tempo todo (inclusive a 1ª música da banda, chamada “Apodrecendo”, cantada em português) ensaiamos, entramos em estúdio e começamos a gravar nosso primeiro full álbum.
O que vocês podem adiantar sobre este novo álbum “Dark Victory Day”?
Luiz Rodriguez: O álbum foi gravado no estúdio “A Todo Volume”, em Forquilhinha – SC, e queríamos uma sonoridade original, com som de instrumentos de verdade, com menos tecnologia possível envolvida. Nada virtual. E conseguimos um som muito bom neste sentido. Adaptamos algumas músicas antigas ao cast de hoje, e posso dizer que o álbum esta incrível. Conseguimos um artista sueco, muito conhecido na cena underground européia para fazer a arte da capa, feita sob medida para “Dark Victory Day”, e o resultado esta fantástico. Temos muito orgulho deste trabalho.
Como foi a produção desse trabalho? De que forma essa nova formação influencia na composição e sonoridade?
Luiz Rodriguez: A produção foi feita com muita atenção aos detalhes, modificações em algumas músicas. Todos participaram de forma direta nesta parte da pré-produção. Cada músico tem sua característica impar, e adaptamos ao seu estilo músicas antigas. Algumas ficaram mais melódicas, outras ainda mais rápidas e brutais.
E como foi o processo de composição? Foi um trabalho conjunto?
Luiz Rodriguez: Grande maioria das músicas foi composta antes de 2016. O difícil foi reformular tudo à realidade de hoje. Muita coisa mudou, mesmo porque não tínhamos registrado estas músicas. Mas acho que chegamos a um entrosamento muito bom, que fluiu muito bem nestas adaptações.
Em comparação ao disco anterior, quais as semelhanças e diferenças que esse novo trabalho traz?
Luiz Rodriguez: Muitas (risos), nossa demo foi gravada em 2002, numa fase em que a velocidade que realmente importava. Foi uma gravação modesta, e nossa execução não foi das melhores. Mas mesmo assim temos muito orgulho dela, os Irmãos Bússolo fizeram um trabalho incrível com um equipamento muito modesto.
Luiz Rodriguez: Nossas influências são basicamente as mesmas ao longo deste tempo. Música boa não enjoa. O bom e velho black metal como Handful of Hate, Rotting Christ, Sarcófago, Darkthrone, Burzum…. As de Death como Morbid Angel, Death, Carcass…
Como é compor Black/Death Metal?
Luiz Rodriguez: Um prazer sem palavras. É muito estudo e ao mesmo tempo feeling, para compor algo que soe com alma, e não apenas um aglomerado de notas. Já temos muitas idéias para músicas novas, e já já estarão nos shows.
Qual a sua visão sobre o underground atual? Casas fechando, bandas acabando ou entrando em hiato… Na visão de vocês, cena está enfraquecida?
Luiz Rodriguez: Acredito que já esteve pior, as bandas parecem estar aproveitando melhor a internet para fazer contatos, conhecer pessoas e lugares de cidade e estados diferentes, e até fora do Brasil. Sinto que tem um pessoal querendo se unir, andar e levar os outros juntos. Sempre haverá os estrelões, gente que montou 50 bandas, nenhuma deu certo e fica falando mal das outras. Mais aí é falta de caráter mesmo. O que tenho ouvido de novidade das bandas, é coisa muito boa. Falta as vezes um pouco mais de capricho na produção, tanto musical, como de um show em si. Mas estou muito esperançoso e empolgado.
E quais os próximos planos da banda agora?
Luiz Rodriguez: Tocar, tocar e tocar. Divulgar o “Dark Victory Day” até onde for possível, e quem sabe mais. Pegar estrada, divulgar tanto no corpo a corpo como virtualmente, esse disco que foi feito com muita honestidade e trabalho.
A banda pensa em levar seu trabalho para fora do Brasil?
Luiz Rodriguez: Com certeza. Contatos sendo feitos, e muita vontade de divulgar a banda em tudo quanto é canto. Tivemos vários feedbacks de fora do Brasil sobre a Demo e sobre nosso single de 2016 “I Can See”, e todos positivos.
Gostariam de deixar alguma mensagem para os leitores?
Luiz Rodriguez: Queremos pedir a todos amigos que já conhecem o som da banda, e a todos os Bangers que ainda não conhecem, que em setembro de 17 esta saindo este disco, com uma sonoridade bem diferenciada, brutal, pesada e melódica. E que estaremos sempre prontos para conversar, trocar material, só chamar através de um de nossos canais, e serão muito bem recebidos.
Ave Obscurity Vision.
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