A banda de
Hardcore/Punk/Thrash/Crossover ''Ação Libertaria'' nasceu em meados de 2009, na
cidade de Natal-RN.
A banda é
composta por um quarteto protestante, são eles: Edson Bigode – Guitarra, Junior
Bassthrash – Baixo, Márcio Pigmeu – Voz, Toni Drummers – Bateria.
Como é comum
no meio da cena Underground a banda utiliza-se de problemas sócias, e se
identifica com movimentos minoritários, sendo assim dispersa em suas letras
músicas que despertam a curiosidade, e principalmente a reflexão. Mirando
sempre no protesto e em verdades as quais acreditam.
A voz é
ríspida e bem aplicada, já sonoridade executado pela banda que distribui um som
direto e bem aplicado com uma pegada única e original.
Neste ano a
banda deve estar lançando um novo trabalho o CD (Cidadão de Bem), que retrata
um pouco dessa atmosfera sombria atual, que vivenciamos lembrando fielmente o
contexto político do Brasil de 1964.
''Ação
Libertaria'' divulgou a capa do próximo álbum. A arte é de autoria do brother
Guga Burkhardt de Pernambuco, que é responsável pelo consagrado Acclamatur
Zine. A arte fala por si só, com suas linhas oldschool mostrando todo conceito
do que será o próximo trampo. O nome do álbum será ''Cidadão de Bem'', uma
clara crítica a esse estereótipo tão difundido pela ala conservadora e
reacionária do nosso país.
Discografia:
Ação
Libertária- Demo 2010.•.
Criptocracia
- EP – 2010.
Cavalo de
Tróia-Full-length-2013.•.
Ação do
Kaoz-Split -2014.
Formação
atual:
Edson Bigode
– Guitarra.
Junior
Bassthrash – Baixo.
Márcio
Pigmeu – Voz.
Toni Drummers – Bateria.
Gênero: Hardcore/Punk/Thrash/Crossover.
Cidade
natal: Natal/RN.
Confira a entrevista realizado por J. Paulo Ferreira/ '' O Melhor do Rock ''.
Como surgiu
a banda?
A banda
surgiu quando Márcio Pigmeu (vocal) saiu de seu antigo projeto (Farpa XXI) no
ano de 2009, daí ele começou a procurar uma galera nova para montar um projeto
com mais seriedade, e no mesmo ano o Ação Libertária nasceu.
Há quanto
tempo estão na estrada?
Estamos
desde 2009. A sete anos estamos com o projeto ativo e sempre produzindo algo
novo.
Todos os
integrantes são os mesmos desde o início do grupo?
Sim. Temos
uma ótima sintonia e isso favorece. Vez ou outra rola algumas discussões comuns
como em qualquer banda ou família, porém sempre superamos essas coisas com
diálogo.
De onde
vieram?
Todos nós
somos de Natal/RN.
Conta um
vexame que passou em algum show.
Cara...
passamos por algumas situações engraçadas e preocupantes, não diria vexame, mas
momentos inusitados. Certa vez fomos tocar em um evento na praia de Búzios,
aqui mesmo no nosso estado. O local era uma casa de praia, o palco era a
própria varanda de frente pro mar e o equipamento de som estava sem
aterramento. Desde o início da primeira música nós percebemos corrente elétrica
dando pequenos choques na gente, mas continuamos tocando, daí no final de uma
música um cara se aproximou do Pigmeu para entregar um flyer de outro evento
futuro, e pediu para ele divulgar no microfone. Porém no momento em que o rapaz
tocou no ombro do pigmeu, ele recebeu uma descarga de energia violenta que o
fez jogar o microfone no chão. Ele até mordeu a própria língua e ficou com um
dos dedos do pé roxo devido o choque. Foi muito assustador na hora porque veio
á tona má lembrança da morte de um amigo nosso que era vocalista da banda
Ravanes (também aqui de Natal), que foi a óbito poucos anos antes nas mesmas
circunstâncias. Tentamos continuar mas não deu, paramos logo em seguida. Outra
situação chata foi um choque térmico que o Pigmeu sofreu nas cordas vocais no
primeiro berro da primeira música em um evento, ele perdeu a voz
instantaneamente e não conseguiu mais nem falar, a nossa participação foi
frustrada por causa disso nesse dia.
O que foi
mais difícil que tiveram de enfrentar com a banda?
Acreditamos
que a maior dificuldade que enfrentamos é a que toda banda underground
enfrenta, que é a falta de apoio, falta de grana para produzir e a escassez de
espaços apropriados para tocarmos.
Qual foi o
show mais marcante?
Difícil
responder essa pergunta, mas tiveram alguns eventos que foram muito foda e que
podemos destacar, como o Animal Fest que é o melhor evento de metal underground
do estado do RN, produzido pelo nosso amigo Sérgio da banda Deluge Master.
Outro evento fudido foi quando abrimos para a banda Violator aqui em Natal, a
galera tava insana. Também é sempre inesquecível os shows em PE, o público lá
em muito instigado e conhece de có e salteado as nossas músicas, sempre
interagem e cantam juntos como foi no Caethrash, que é produzido pelos amigos
da banda Lei Do kaoz. E por fim eu citaria um evento tradicional aqui da
periferia de Natal, que ocorre na zona oeste no bairro de Nazaré, é chamado
Naza Rock, já produzi algumas edições com o Fofão e tem uma galera tocando o
evento hoje em dia.
Qual a
canção da banda que mais gostam?
Escolher
qual é a melhor filha é sempre complicado, mas diria que as músicas novas são sempre mais instigantes
por não terem sido tocadas a exaustão.
Quantos
shows fazem por mês?
Isto é bem
relativo. Todos da banda trabalham ou estudam porque não vivemos de música, com
isso só temos tempo para eventos nos finais de semana. Quando não estamos
produzindo nada novo nós tocamos com mais frequência, mas quando estamos
montando novas músicas e gravando, a gente dá uma parada nos shows para ter
tempo de trabalhar melhor os plays novos.
Quem é a
inspiração de vocês pra banda?
Nossa
inspiração estética vem do som pesado, rápido e agressivo. Quanto ao conteúdo
basta viver no Brasil, pois não falta ódio social para transformar em música.
Quais
cantores ou bandas que mais gostam?
A gente
escuta de rap, reggae a metal extremo. Porém as influências da banda vem sempre
do hardcore e metal. As bandas variam muito, vão das bandas clássicas ás
undergrounds. Citar uma, duas ou três seria muito difícil.
Como a
família reagiu ao saber que escolheram estar no mundo da música?
Como não
vivemos de música e encaramos tudo como hobby, paixão e posicionamento
ideológico, não mudou nada. E não faria diferença a opinião de ninguém se é
isso que queremos fazer.
As músicas
são os integrantes que compõem?
As músicas
são todas feitas por nós. A maioria dos riffs quem cria é o Edson, mas todos
participam do processo dando ideias. O Júnior e o Toni as vezes trazem músicas
prontas e só fazemos jogar nossas influências em cima. Somos uma banda bem
entrosada quando estamos produzindo e tudo flui naturalmente. As letras da
banda ficam por conta do Pigmeu.
Qual o
estilo musical do grupo?
Não nos
definimos por rótulos, mas é inegável que a mistura de Metal e Hardcore que
fazemos gera um Crossover bem rápido e agressivo. Alguns nos definem como uma
banda de hardcore e outros como uma banda de metal.
Qual o maior
sucesso de vocês?
A gente não
sabe o que é isso porque nunca fizemos sucesso. kkkk
Qual canção
as pessoas pedem mais?
Acho que
Tripalium 2.0 por causa do clipe que foi produzido e deu uma divulgada.
Quem é a
pessoa mais quieta do grupo?
Não diria
quieta, mas o mais calado é o Edson.
Já teve
alguma loucura de fã pra contar?
Não temos
esse tipo de relação com a galera que curte nosso som. A palavra fã remete
muito a algo de idolatria, e conosco rola mais um lance de amizade e troca
mútua de respeito do que esse lance de fã. A única loucura massa que sempre
vemos é um liquidificador humano nos circle pits. hehehe
Qual sonho
vocês ainda pretendem realizar em relação á banda?
Não chega a
ser sonho, mas temos muitos objetivos como tocar em diversos lugares do Brasil.
Também seria massa fazer uma tur na América latina um dia se possível, e
participar de gigs em outros continentes. É difícil devido a realidade da cena
underground, mas não é impossível.
Quem dá mais
trabalho na hora de se arrumar pra shows?
Essas coisas
não existem na nossa realidade. Mas quem é mais vaidoso da banda eu acho que é
o Júnior, porque sempre que vamos na casa dele esperar pra sair ele demora
muito, parece filho de barbeiro. kkkkk
Qual o
momento em que descobriram ter jeito pra música?
Ainda não
descobrimos isso (rsrsrs), estamos aprendendo na prática a cada dia.
Uma mensagem
para pessoas que acompanham o trabalho de vocês.
Questionem,
pensem, reflitam e lutem.
FONTE: '' O Melhor do Rock ''/ J. Paulo Ferreira